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Id: | 22651
| Autor: | Costa, Ana Lúcia França da
| Título: | Hanseníase: incapacidades físicas após poliquimioterapia no período de 1994 a 1998 em Terezina, Piauí, Brasil ?-
| Fonte: | Terezina; s.n; 2002. 62 p. ilus, tab, graf.
| Tese: | Apresentada a Universidade Federal do Piauí para obtenção do grau de Mestre.
| Resumo: | A hanseníase, doença crônica que acomete pele e nervos periféricos, é um dos mais antigos males da humanidade. As deformidades que causa são responsáveis por estigmas e tabus que ainda hoje persistem. A contribuição da poliquimioterapia (PQT) na diminuição da prevalência da doença no mundo é aceita por todos especialistas da área. Mas, qual a situação dos pacientes que receberam alta após tratamento com poliquimioterapia em relação às incapacidades físicas? Neste estudo procurou-se investigar a prevalênica e a evolução dessas incapacidades em pacientes com hanseníase, que receberam PQT, no período de 1994 a 1998, em Teresina, Piauí, Brasil. Por meio de amostragem probabilística sistemática, constituiu-se uma amostra de 617 desses pacientes. Nesta foi aplicada um inquérito de morbidade em duas etapas: teste de rastreamento e subseqüentemente avalição clínica de incapacidade. A amostra final foi de 319 pessoas, sendo 161 do sexo masculino e 158, do feminino. As idades variaram de 6 a 94 anos, com idade média de 43, 19 anos. De 135 pacientes avaliados segundo o grau de incapacidade (OMS/1988), 30,4 por cento apresentaram incapacidade. Destes, 63,4 por cento pacientes tinham grau 1 e 36,19 por cento, grau 2. De 17 pacientes, que apresentaram grau 0 no momento do diagnóstico, 88,2 por cento evoluíram: 70,5 por cento para o grau 1 e 29,5 por cento para o grau 2. De 15 pacientes que tinham grau 1 no diagnóstico, 73,3 popr cento mantiveram-se no grau 1 e 26,7 por cento evoluiram para o grau 2. Finalmente, de 8 pacientes que apresentaram grau 2 ou 3 no diagnóstico, 25 por cento regrediram para grau 1 e 75 por cento mantiveram a graduação anterior. O tempo médio (em anos) de evolução desde o diagnóstico até a avaliação atual (1994-2201) foi de 4,32 anos, com período máximo de 9,79 e mínimo de 2,08 anos. A prevalênica de incapacidades físicas em pacientes com hanseníase após tratamento com PQT, foi de 12,8 por cento. Houve agravamento do grau de incapacidades em 28,8 por cento dos pacientes examinados. Os idosos, os homens, e os pacientes multibacilares apresentaram maior risco para o desenvolvimento de incapacidades. (AU).
| Descritores: | HANSENIASE/compl ESTATISTICAS DE SEQUELAS E INCAPACIDADE
| Limites: | RELATO DE CASO
| Localização: | BR191.1; WC335.102.35, C823h |
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